Paralisia do sono: entenda o que é esse distúrbio e por que acontece

A paralisia do sono faz com que o cérebro desperte, mas os músculos continuam dormentes.

Nos dias atuais, a maioria das pessoas tem uma rotina intensa e pouco tempo de descanso.

Consequentemente, o corpo começa a apresentar sinais de exaustão.

Com isso, podem surgir doenças e dificuldades para desempenhar as tarefas diárias.

Por isso, para garantir que o corpo não fique sobrecarregado, é fundamental ter uma boa noite de sono.

Afinal, é enquanto dormimos que o organismo restaura as funções do corpo, como:

  • Reparo dos tecidos;
  • Crescimento muscular;
  • Síntese de proteínas;
  • Reposição das energias;
  • Regula o metabolismo.

Esses fatores são essenciais para que o corpo e a mente se mantenham saudáveis.

Por isso, dormir bem é um hábito que deve ser incluído na rotina de todos.

A recomendação dos especialistas é em média oito horas ininterruptas de sono por dia.

Mas, esse número pode variar. Para isso, é levado em consideração a necessidade de cada indivíduo e a idade.

  • Bebês: 12 a 16 horas de sono por dia;
  • Crianças: 9 a 13 horas de sono ao dia;
  • Adolescentes: 8 a 10 horas de sono diariamente;
  • Adultos : 7 a 8 horas de sono por dia.

Porém, às vezes surgem alguns distúrbios do sono que afetam diretamente a qualidade de vida.

Um deles é a paralisia do sono, transtorno mais comum em jovens de 20 a 30 anos de idade.

Essa condição faz com que a pessoa, mesmo com a mente ativa e consciente, não consiga movimentar o corpo.

Ou seja, o cérebro desperta, mas os músculos continuam dormentes.

Sintomas de paralisia do sono

Alguns sintomas, que podem ajudar a identificar a paralisia do sono, são:

  • Não conseguir movimentar o corpo mesmo estando acordado;
  • Sensação de falta de ar e um peso em cima do peito;
  • Dificuldade em soltar a fala;
  • Sensação de angústia e medo;
  • Sensação de estar caindo ou flutuando sobre o corpo;
  • Ouvir vozes e sons não característicos do local;
  • Sensação de afogamento.

O relato de um caso que aconteceu em Portugal com uma menina de 16 descreveu os sintomas apresentados por ela.

A paciente procurou atendimento médico devido a alguns sintomas de ansiedade.

Ela tinha medo de dormir devido a alucinações auditivas e táteis associadas.

Como consequência,  ela teve impacto negativo no sono, seu desempenho escolar e convívio social foram prejudicados.

Todavia, ela iniciou o tratamento com inibidor seletivo de recaptação de serotonina e teve resolução completa dos sintomas.

Mas, embora apresente alguns sinais preocupantes, a paralisia do sono não é um problema grave que possa colocar a vida em risco.

Principais causas

Nem sempre é possível esclarecer as causas da paralisia do sono.

No entanto, alguns dos motivos que provocam o distúrbio são:

  • Consumir estimulantes antes de dormir (café, chá preto, refrigerantes com cafeína, chocolate);
  • Usar celulares e outros aparelhos eletrônicos antes de dormir;
  • Dormir e/ou acordar em horários irregulares;
  • Sedentarismo;
  • Estresse, ansiedade e depressão;
  • Dormir com a barriga para baixo.

Ainda, de acordo com um estudo da Escola de Medicina Harvard, o transtorno de estresse pós-traumático também está entre as causas da paralisia do sono.

Como sair da paralisia do sono

A paralisia do sono não é um distúrbio muito conhecido. Mas quando acontece, acaba após alguns segundos ou minutos.

Mas, quando isso ocorrer, mantenha a calma, saiba que é temporária e tente fazer movimentos discretos.

Na maioria dos casos o problema surge apenas uma ou duas vezes na vida.

Porém,  se acontecer mais do que uma vez ao mês, consulte um médico, de preferência neurologista.

Como evitar

Para evitar a paralisia do sono, recomenda-se melhorar alguns hábitos do dia a dia.

  • Durma entre 6 e 8 horas por noite sem interrupção;
  • Procure ir para a cama sempre no mesmo horário;
  • Acorde diariamente na mesma hora;
  • Evite bebidas energéticas e alcoólicas antes de dormir;
  • Evite o estresse e ansiedade;
  • Faça alguns exercícios de meditação;
  • Não durma de boca aberta;
  • Consuma os medicamentos prescritos de maneira correta.

Além disso, pratique exercícios físicos no mínimo 20 minutos por dia, pois ajuda na regulação do sono.

Também desligue os aparelhos eletrônicos (celular, computador, televisão) uma hora antes de dormir.